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Os mitos mais comuns sobre a energia solar... e porque é que não são verdadeiros.

No "Low Emissions Scenario", relatório com projeções para 2050 recentemente publicado pela Statkraft, prevê-se que a energia solar desempenhe um papel importante na eletrificação do mundo. Este facto deve-se, em grande parte, ao rápido desenvolvimento tecnológico, à diminuição dos custos e aos ganhos de eficiência da energia solar. Mas alguns continuam céticos quando ouvem a palavra "solar".

Demasiado cara, não é suficientemente eficiente ou não funciona onde vivo, são alguns dos argumentos "contra" esta fonte de energia verde.

Para esclarecer esta questão, pedimos a ajuda de Paolo Pizzorni, diretor de engenharia solar da Statkraft, que, após 15 anos de experiência em energias renováveis (responsável por centenas de MW de energia solar), está mais do que preparado para esclarecer as questões da energia solar.

Estes são os 3 principais mitos sobre a energia solar e porque é que não são verdadeiros.

Mito 1: É necessária mais energia para produzir um painel solar do que a quantidade de energia que esse painel produzirá durante a sua vida útil.

Paolo: Esta afirmação era verdadeira talvez há 20 anos, mas não atualmente. Este mito refere-se ao período de recuperação de energia, que é o tempo necessário para que um painel solar produza energia suficiente para compensar a energia utilizada para o seu fabrico. Atualmente, graças a uma tecnologia solar melhor e mais eficiente, o período de retorno da energia dos módulos solares é de cerca de dois a cinco anos. Uma vez que a vida útil de uma central de energia solar típica é de 40 anos, não há qualquer dificuldade em pagar a dívida energética nos primeiros anos de funcionamento.

Mito 2: Não é possível produzir eletricidade a partir de painéis solares em dias nublados ou chuvosos.

Paolo: Enquanto houver luz do dia, é possível converter a radiação solar em eletricidade utilizando células solares. Mas, durante a noite, quando o sol está do outro lado do planeta, não é possível. Assim, mesmo que o dia esteja nublado ou a chover, é possível captar os benefícios da radiação solar, mas em menor escala - cerca de 10% do que se capta num dia de sol.

Mito 3: Os painéis solares transformam o calor do sol em eletricidade.

Paolo: Não é o calor que é convertido em eletricidade, mas sim a radiação eletromagnética. Muitos pensam que quanto mais quente for o sol, mais eletricidade é produzida, mas um painel solar reage ao calor da mesma forma que o seu telemóvel ou computador - de forma menos eficiente. A produção de energia solar é ótima em condições de sol e de frio, como durante a primavera na Europa. É nessa estação que registamos as nossas melhores taxas de produção.

A energia solar é imparável, de acordo com o Low Emissions Scenario da Statkraft

Com estes mitos populares sobre a energia solar agora desfeitos, é fácil perceber porque é que o "Low Emissions Scenario" da Statkraft prevê um futuro tão brilhante para esta fonte de energia renovável. Em 2022, a energia solar foi o principal contribuinte para o crescimento recorde das energias renováveis, com adições líquidas de quase 22GW. Esta tendência continua em 2023 e, com ela, estamos a assistir a um interesse crescente pelo investimento em energia solar.

"Como dissemos no nosso relatório, a produção de energia a partir de painéis solares fotovoltaicos é uma tecnologia muito estabelecida que, mesmo após décadas de utilização, continua a registar um rápido desenvolvimento tecnológico - tanto em termos de ganhos de eficiência como de redução de custos. Este facto faz com que, no nosso cenário, seja uma tecnologia de vanguarda a nível mundial, com expectativas de crescimento maciço no futuro", afirma Paolo.

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Falamos com Siri Todnem, gestora do projeto de reabilitação de uma das maiores barragens da Noruega, para saber mais sobre energia hidroelétrica.

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Se o Low Emissions Scenario da Statkraft fosse um puzzle, estas seriam as peças necessárias

Como qualquer bom puzzle, este é complexo. Para lhe dar sentido, pedimos ao analista sénior, Espen Bakken Waagø-Wiborg, que nos ajudasse a montá-lo, analisando as onze peças necessárias para conseguir uma transição bem-sucedida para a energia verde.